O Brinquedo e a
Brincadeira no Desenvolvimento Infantil
A criança em idade pré-escolar envolve-se num mundo ilusório
e imaginário onde os desejos não realizáveis podem ser realizados, e esse mundo
é chamado de brinquedo.
É no brinquedo que a criança aprende a agir numa esfera
cognitiva ao invés de numa esfera visual externa, dependendo das motivações e
tendências internas, e não dos incentivos fornecidos pelos objetos externos.
O brinquedo cria na criança uma nova forma de desejos. Ensina
desejar, relacionando seus desejos a um eu fictício, ao seu papel no jogo e
suas regras. Dessa maneira, as maiores aquisições de uma criança são
conseguidas no brinquedo, aquisições que no futuro tornar-se-ão seu nível
básico da ação-real e moralidade (VYGOTSKY, 1988)
A criação de uma situação imaginária é a primeira
manifestação da emancipação da criança em relação às restrições situacionais.
A brincadeira para a criança não representa apenas
divertimento, recreação, ocupação do tempo livre, afastamento da realidade.
Brincar não é ficar sem fazer nada, como pensam alguns adultos, é uma atividade
pela qual a criança desenvolve potencialidades, descobre papéis sociais,
limites, experimenta novas habilidades, forma um novo conceito de si mesma,
aprende a viver e avança para novas etapas de domínio do mundo que a cerca.
Essa seriedade do jogo infantil é, entretanto, diferente
daquela que consideramos, por objeção ao jogo, a vida séria. Essa seriedade do
jogo implica um afastamento do ambiente real, a criança parece esquecer o real
e se torna o personagem em questão, o médico, a polícia, o ladrão, o pai, a
mãe, o filho, o professor etc, já que se conhece como criança.
Essa absorção do papel que representa, esse afastamento do
ambiente real, pode ser considerado involuntário, a criança não age com a
decisão de entrar no jogo ela se projeta no imaginário da brincadeira/brinquedo
A ênfase e dada a simulação a ilusão ou faz-de-conta por certo ela cria o seu
próprio mundo.
Portanto, brincar é o trabalho da criança, um ato muito
sério, e por meio de suas conquistas no jogo, ela afirma seu ser, proclama seu
poder e sua autonomia, explora o mundo, faz pequenos ensaios, compreende e
assimila gradativamente suas regras e padrões, absorve esse mundo em doses
pequenas e toleráveis.
Mas, apesar do jogo ser uma atividade espontânea nas
crianças, isso não significa que o professor/educador não necessite ter uma
atitude ativa sobre ela, inclusive uma atitude de observação e de intervenção
quando for o caso, sua atitude não passará apenas por deixar as crianças
brincarem, mas, sobretudo ajudar as crianças nesse ato e compartilhar com elas,
ou até mesmo por ensiná-las a brincar.
O ato de brincar é tão importante para a criança que se
tornou um direito garantido na Declaração Universal dos Diretos da Criança,
onde no artigo quarto deixa claro que a criança terá direito a alimentação,
recreação e assistência médica adequadas. Estabelecendo de forma igualitária
que a recreação é tão importante quanto à alimentação e a saúde para a criança.
Sendo assim, o brincar é muito importante no processo de desenvolvimento da
criança.
EQUIPE: CLEICIELE SILVA, EDNA NASCIMENTO, EMILI SANTANA, GABRIELA
BARRETO, JÚLIA FERNANDES, LORRANA SANTOS, MARIA MEDEIROS E RENATA MENDES.
UNIJORGE - PEDAGOGIA – TURNO: MATUTINO – CAMPUS: PARALELA
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